Guardo meus retratos
E minhas lembranças
No mundo que eu criei pra mim
Acendo a luz
Para apagar a noite
E, assim, enxergo melhor
A vida é muito curta pra aprender alemão
E muito pequena
Pra desaprender os defeitos meus
Às vezes, o sol não nasce para mim
Então, posso me esconder
No muundo que eu criei pra mim
Ligo o som baixinho
Para só eu mesma
E repito juntinho....lá...lá...lá...lá...lá...lá
Os meus livros
Meu Vinicius
Minhas armas de purificação
Protejo meus inimigos
E como frutas que só existem
No mundo que eu criei pra mim
Guerreira
Filha de São Jorge com Oxum
Pecados eu escondo no banheiro
Desenho no ar
A casa onde vou morar
E, assim, diluo minhas mágoas
Espero meus amigos na porta
Pois só eles conseguem adentrar
O mundo que eu criei pra mim
Tenho árvores como amigas
E elas sempre perguntam onde estão suas irmãs
Estão no mundo que eu criei pra mim
Contemplo o horizonte
E procuro onde nascem os arco-íris
Um dia vou achar
Os meus enganos perfeitos
Acerto comigo mesma
Mas a vida é, também, a arte do engano
Imagino quadros
Para pendurar nas paredes
Do mundo que eu mesma criei pra mim
2 comentários:
Me identifico muito com seu mundo,
porém o meu próprio é demasiado singular.
Despertaste em mim a sede de vinícius. Grande beijo.
Ed.
lindo poema amiga...vc, como sempre, sensível..bjo
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