Pensações

Pensações

quarta-feira, 29 de junho de 2011

No post de um amigo

Pois, então, senhor Jujubs,
Imagino, claramente, você a esmagar o tal carrapato, sua figura metafórica de como a vida é improvável. Ao fazer a matrícula no meu curso, estava certa de que Fátima Bernardes morreria tão logo para eu ocupar o posto que já considerava meu. Bom, acho que de lá para cá a medicina evoluiu - e muito - pois até mais bonita que antes ela está!
Um pouco antes disso, talvez, cobriria a grande revolução socialista comandada por Fidel e escreveria em meu último lead dessa grande reportagem que no mundo, agora, todos eram iguais.
Enfim, apenas mais algumas pistas falsas de um crime perfeito.

Saudade.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os sonhos que a gente esquece que sonhou

Hoje, no almoço, conversava com um amigo carioca. Conversa vai, conversa vem, contava para ele sobre minha primeira vez no Circo Voador – onde nasceu nosso rock, berço de Barão, Blitz, Legião Urbana, Capital Inicial e tantos outros – então, me lembrei saudosa dessa viagem, das coisas que vi, pessoas que conheci...nossa...
E no meio daquele almoço agradável, senti nostálgica aquela menina de vinte e poucos anos que sonhava sonhos... digamos, incomuns. E percebi estática que eu havia me esquecido dos meus próprios sonhos!
Não, os sonhos não mudaram com o passar do tempo, como acontece, de fato, com alguns sonhos e alguns sonhadores. Meus sonhos eram os mesmo e eu, simplesmente, os esqueci.
Meus sonhos no Rio eram (são) fáceis de realizar e me fariam, com certeza, mais feliz, com mais lembranças pra lembrar.
O primeiro eu realizei. Queria porque queria conhecer a Lapa, o Carioca da Gema, os Arcos, o Circo Voador...ahhh...o Circo Voador. E de presente mais do que pedido e tão pouco esperado, ganhei visita ao grande circo sem lona com direito a apresentação do Gotan Project, tendo só a mim de plateia e passeio pelos camarins, viagens nas fotos dos meus ídolos lá penduradas e, de quebra, umas bebidinhas pra relaxar.
Mas os outros não couberam no meu tempo ali, na cidade maravilhosa. Sempre sonhei em participar de uma roda de samba, mas uma roda de samba de responsa (como diria D2). Nada de coisa pra turista. Tem também o churrasco na laje. É sim! Como eu quero....pôxa....como eu esqueci. Sabe aquele churrascão na laje? Galera diferente, banho de mangueira, cerveja na caixa de isopor...eu quero! E tinha esquecido que queria.
Sonho é sonho, né, gente?! Cada um tem o seu e que o seu de cada um seja mais que respeitado. A Flor foi pra Paris, eu quero o churrasco na laje!
Mas eu penso que os esqueci porque me enrijeci com o passar do tempo. Passei a sonhar os sonhos padrão. Os sonhos que todo mundo tem que sonhar: ter um emprego bacana, uma carreira promissora, carro do ano, casa própria e todas as coisas desse tipo e esqueci o principal; que eu não era todo mundo. Se minhas amigas casaram, perfeito!...pra elas, se vou ser tia antes de ser mãe, maravilha!...ser tia é bom demais! E assim é, e eu esqueci que era assim.
Ainda bem que me lembrei disso aos trinta, porque a maioria das pessoas só se lembra muito tarde, tão tarde que já não dá mais tempo pra resgatar e se frustram na poltrona. Então, para esses, eu desejo “a maldição do samba”.
“Subiu o morro e bebeu cachaça, fumou maconha e obteve a graça, depois do samba sua vida nunca mais foi a mesma...” e salve D2!!!