Desabafo
Meu amigo/irmão Keninho me deu de presente de aniversário um livro lindo....Fernando Pessoa....Livros para mim não são presentes, são um raio de luz que uma pessoa da para a outra, uma forma de dizer: te desejo o melhor, te desejo o sol, te desejo a vida colorida.
Mas, mesmo amando o presente, até mesmo porque veio de uma pessoa muito especial, quando o folheei e li alguns trechos, me veio uma pontada de tristeza. É assim sempre. Quando leio Vinicius de Moraes, com sua poesia impecável, quando leio Neruda, falando de amor como se contasse um causo....Ao olhar um quadro da Frida, ou ouvir uma sinfonia de Bethoven. Quando leio um livro da Lya Luft ou um texto da Martha Medeiros. Rubem Alves, nem falo..um dos que mais me comove. Ao escutar uma música de Roberto Carlo “pensamentos que me afligem...sentimentos que me dizem, dos motivos e razões de poder estar aqui. As perguntas que me faço, são mandadas ao espaço...e de lá eu tenho todas as respostas que eu pedi”...lindo!!!!
Sempre, sempre me da uma vontade imensa de apagar meu blog, tamanha a vergonha que sinto em me sentir no direito de fazer o que eles fazem: arte. Em me sentir tão pequena, pequenininha....como um grão de mostarda.
Por quê atrevo-me? Nada do que eu faça será comparado a esses destaques da humanidade. Sinto-me audaciosa e prepotente em ter a coragem de fazer esses poeminhas e textos e ainda expô-los. Minha poesia é simples, meu texto é simples, minha arte é simples. Por quê? Porque eu também sou simples. Gosto da escrita leve, de fácil entendimento, para que todos e qualquer um possam entender o sentimento que tento passar.
Parece inveja, não é? Inveja porque gostaria de escrever daquele jeito, fazer uma arte maior, mas não é disso que trata-se. Eu amo esses artistas, se eles não existissem, o que seria de nós, pobres mortais?
Mas, ainda me envergonho, como uma criança que se borrou na frente dos outros e abaixa a cabeça com o temor da reprovação. Penso no que os outros vão pensar, e na pena que sentirão de mim pelas minhas palavras sem métrica, pelos meus versos nem sempre adequados.
Mas, assim...logo, logo, a vontade de deletar o blog passa e recomeço tudo outra vez. Pois bem sei que a arte, seja ela de que tamanho, é o maior bem da humanidade e é através dela que ainda damos conta de viver neste mundo careta, sofrido, injusto e desorganizado.
Então eu peço a bênção de Fernando Pessoa, a iluminação de Clarice e a sensibilidade de todos eles. Porque poetisa vagabunda eu sou, mas não posso deixar de parir essas escritas, pois senão, ficarei eternamente grávida e esse filho não nascido provocará dor, angústia e contrações eternas.
Salve Chico Buarque!
Salve Cartola!
Salve Caetano Veloso!
Salve Pixinguinha!
Salve Jim Morrison!
Salve Ravel!
Salve Da Vinci!
Salve Tom Jobim!
Salve Cora Coralina!
Salve Jorge Amado!
Salve Seu Jorge!
Salve Camões!
Salve Machado de Assis!
Salve José Saramago!
Salve Cazuza!
Salve Lenine!
Salve Fernanda Montenegro!
Salve Salvador Dali!
Salve Marisa Monte!
Salve os deuses manifestados aqui na Terra, em forma de arte, amor e sábios ensinamentos!
Salvem a mim!
7 comentários:
Como um grão de mostarda... salve Pollyane!
SALVE
SALVE ESSA POETISA QUE SE SUBESTIMA TANTO!
TE AMO MINHA FLOR!
Dos mais lindos que vc já escreveu...amo.
Eve.
Ai...gente....amigas.....
oo irmã... lindo d++...
pari irmã, sem medo de ser feliz...
comentarios feitos pessoalmente! oo coisa boa ta perto de vc pra poder falar...
continua sendo meu orgulho...
bjoo
se nao houvesse rimbaud haveria jim morrison? se nao houvesse joao gilberto haveria caetano? se nao houvesse tom e vinicius haveria vinicius e tom? se nao houvesse repressao haveria chico? se nao houvesse desilusao haveria camoes? se nao houvesse gente falando, cantando, pintando e provocando haveria o que chamar de arte?
meus aplausos nunca serao menores.
Superid, tem razão de ter esse codinome.
Adorei!!!!
Aplausos pra vc!!!!
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