Saí distribuindo flores
Elas fazem parte de mim
Gratuitas flores
Alguns pegam pétalas
Outros preferem espinhos
Uns poucos, apenas o aroma
Saí distribuindo flores...gratuitas.
Esse blog é uma tentativa de não usar Prozac. Escrever é uma doença incurável. Mas, com certeza, uma das mais belas doenças.
Pensações
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
À minha moda
Uma grande amiga tem um belo e inteligentíssimo site de moda - www.mariacurio.com.br - (podem acessar sem medo, vão amar!). Há anos admiro a capacidade que ela tem de misturar peças de roupa, pegar uma coisinha aqui, outra ali e plim!, já está gatésima para sair.
Eu sempre fui da boa calça jeans, sem detalhes, bem básica mesmo e de blusas que conferissem alguma sensualidade. Até os 25 anos, ainda me arriscava sair para dançar com os saltões, mas hoje uso os de tamanho médio, são mais confortáveis e te deixam à vontade pra noite renderrrrr.
Acho que a moda é deslumbrante, mas acho que não nasci pra ela. Adoro calças largas com camisetas e vestidos...ahhh, os vestidos...
Mas o que mais conta para mim num visual são os acessórios. Gosto de lenços amarrados na cintura (uma vez essa amiga do site arrancou de mim um lenço vermelho que eu queria por que queria compor um look, ela não deixou. Mas ia ficar bonito!). Gosto de pulseiras, relógios e anéis. Os brincos são sempre básicos para não carregarem o visu, porque sempre uso um, dois ou mais escapulários (não saio sem eles).
Não tinha me dado o direito de usar esses minivestidos que estão por aí, mas resolvi que vou cair de boca! Primeiro, porque eu tenho um ladinho exibicionista e mostrar as pernocas, a barriga, os seios nunca foi problema pra mim, depois que quando você veste um desses, não dá mais pra não usar.
Eu pratico a moda à minha moda. Quando não gosto de uma tendência, simplesmente não a uso. Não me dói. E se uma calça que eu amo é da coleção de 2008, não tenho problema algum em colocá-la para andar.
Enfim, às vezes tenho dificuldades para me vestir, pois não sou de montar looks antecipados na cabeça e nem tenho essa facilidade de saber até onde e como posso ir com minha vestilância...mas sempre sai.
Eu sempre fui da boa calça jeans, sem detalhes, bem básica mesmo e de blusas que conferissem alguma sensualidade. Até os 25 anos, ainda me arriscava sair para dançar com os saltões, mas hoje uso os de tamanho médio, são mais confortáveis e te deixam à vontade pra noite renderrrrr.
Acho que a moda é deslumbrante, mas acho que não nasci pra ela. Adoro calças largas com camisetas e vestidos...ahhh, os vestidos...
Mas o que mais conta para mim num visual são os acessórios. Gosto de lenços amarrados na cintura (uma vez essa amiga do site arrancou de mim um lenço vermelho que eu queria por que queria compor um look, ela não deixou. Mas ia ficar bonito!). Gosto de pulseiras, relógios e anéis. Os brincos são sempre básicos para não carregarem o visu, porque sempre uso um, dois ou mais escapulários (não saio sem eles).
Não tinha me dado o direito de usar esses minivestidos que estão por aí, mas resolvi que vou cair de boca! Primeiro, porque eu tenho um ladinho exibicionista e mostrar as pernocas, a barriga, os seios nunca foi problema pra mim, depois que quando você veste um desses, não dá mais pra não usar.
Eu pratico a moda à minha moda. Quando não gosto de uma tendência, simplesmente não a uso. Não me dói. E se uma calça que eu amo é da coleção de 2008, não tenho problema algum em colocá-la para andar.
Enfim, às vezes tenho dificuldades para me vestir, pois não sou de montar looks antecipados na cabeça e nem tenho essa facilidade de saber até onde e como posso ir com minha vestilância...mas sempre sai.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Sozinho em sua companhia
Ontem eu assisti pela milésima vez o filme ‘Divã’, baseado numa obra da Martha Medeiros, escritora que eu adoro e sempre recorro a seus textos nos momentos de dúvidas, quando quero rir um pouco da vida ou quando preciso de uma pancada de realidade (aliás, essa eu sempre estou precisando).
Como faço análise há anos e sei bem o que uma boa sessão com seu terapeuta pode fazer por você, penso que o filme me toca um pouco mais que a outras pessoas. Acabo me identificando mais com a personagem principal, a Mercedes, vivida por Lílian Cabral, que tem uma profissão normal, um casamento normal, filhos normais, uma amiga normal, mas mesmo assim procura um terapeuta (embora a vida dela não se pareça em nada com a minha).
A primeira vez que assisti, ainda estava no cinema e fui acompanhada de um namorado da época. Vivi tão intensamente aquela história que o riso e o choro se intercalavam de forma absurda. Mas ainda tive que me conter...estava em público e eu tenho certeza que até hoje ele (o namorado da época) não entendeu nada da minha reação.
Ontem foi ...pior. Chorei e gargalhei tanto que até cheguei a pensar se não havia me desapercebido no caminho de volta pra casa e tomado alguma droga. O filme é o retrato da vida.
Mas eu falei isso tudo pra falar de uma partezinha só, que sempre me chamou a atenção. Quando a Mercedes se casa, ainda jovem, o marido a leva vestida de bolo de casamento no colo para o quarto e a joga na cama (até aí, tudo dentro do protocolo), só que, ao invés dele falar o famoso “enfim sós”, ele fala: “enfim juntos”. Tão legal, né?! Porque, na verdade, quando nos casamos, esperamos estar, enfim, juntos e não “enfim, sós”. A Mercedes acreditou.
Depois de vinte anos de casamento, Mercedes percebeu que ela estava acompanhada, mas sozinha. E é isso que me assusta. Eu vejo pessoas falsamente acompanhadas por todos os lados. É a amizade de um só, quando você está certa que tem uma amiga, mas na verdade a amizade é só sua. É a sociedade de um só, a parceria de um só, a casa de um só, e o pior: a relação amorosa de um só (namoro, casamento).
Muitas vezes passamos anos vivendo sós. Demoramos a perceber quando isso acontece (embora o tempo seja relativo) porque dói demais descobrir que se nosso barquinho afundar, não vamos ter na mão de quem segurar ou se ele nos levar a uma ilha linda de morrer, não vamos ter com quem dividir aquele olhar assustado de admiração. Deixamos passar despercebido a falta de atenção do companheiro com o nosso cabelo, o esquecimento do aniversário de namoro, o dormir sem dar um beijo de boa noite, o choop cada vez mais freqüente com os amigos e o número diminuto de jantares conosco. Fazemos isso para não ter que ver que estamos sozinhos.
O legal é, quando reconhecermos que estamos desperdiçando um espaço em nossa vida que está vazio e ocupado ao mesmo tempo, sejamos sinceros com nós mesmos e tratemos de, se não conseguirmos estar acompanhados de verdade, pelo menos estar sozinho em companhia diferente. Pelo menos pode ter um sabor que você não conhecia.
Como faço análise há anos e sei bem o que uma boa sessão com seu terapeuta pode fazer por você, penso que o filme me toca um pouco mais que a outras pessoas. Acabo me identificando mais com a personagem principal, a Mercedes, vivida por Lílian Cabral, que tem uma profissão normal, um casamento normal, filhos normais, uma amiga normal, mas mesmo assim procura um terapeuta (embora a vida dela não se pareça em nada com a minha).
A primeira vez que assisti, ainda estava no cinema e fui acompanhada de um namorado da época. Vivi tão intensamente aquela história que o riso e o choro se intercalavam de forma absurda. Mas ainda tive que me conter...estava em público e eu tenho certeza que até hoje ele (o namorado da época) não entendeu nada da minha reação.
Ontem foi ...pior. Chorei e gargalhei tanto que até cheguei a pensar se não havia me desapercebido no caminho de volta pra casa e tomado alguma droga. O filme é o retrato da vida.
Mas eu falei isso tudo pra falar de uma partezinha só, que sempre me chamou a atenção. Quando a Mercedes se casa, ainda jovem, o marido a leva vestida de bolo de casamento no colo para o quarto e a joga na cama (até aí, tudo dentro do protocolo), só que, ao invés dele falar o famoso “enfim sós”, ele fala: “enfim juntos”. Tão legal, né?! Porque, na verdade, quando nos casamos, esperamos estar, enfim, juntos e não “enfim, sós”. A Mercedes acreditou.
Depois de vinte anos de casamento, Mercedes percebeu que ela estava acompanhada, mas sozinha. E é isso que me assusta. Eu vejo pessoas falsamente acompanhadas por todos os lados. É a amizade de um só, quando você está certa que tem uma amiga, mas na verdade a amizade é só sua. É a sociedade de um só, a parceria de um só, a casa de um só, e o pior: a relação amorosa de um só (namoro, casamento).
Muitas vezes passamos anos vivendo sós. Demoramos a perceber quando isso acontece (embora o tempo seja relativo) porque dói demais descobrir que se nosso barquinho afundar, não vamos ter na mão de quem segurar ou se ele nos levar a uma ilha linda de morrer, não vamos ter com quem dividir aquele olhar assustado de admiração. Deixamos passar despercebido a falta de atenção do companheiro com o nosso cabelo, o esquecimento do aniversário de namoro, o dormir sem dar um beijo de boa noite, o choop cada vez mais freqüente com os amigos e o número diminuto de jantares conosco. Fazemos isso para não ter que ver que estamos sozinhos.
O legal é, quando reconhecermos que estamos desperdiçando um espaço em nossa vida que está vazio e ocupado ao mesmo tempo, sejamos sinceros com nós mesmos e tratemos de, se não conseguirmos estar acompanhados de verdade, pelo menos estar sozinho em companhia diferente. Pelo menos pode ter um sabor que você não conhecia.
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