Viajei pra lua
Fui conferir se lá estavam
Os amigos que perdi
Os momentos que não vão voltar
Os sonhos dos quais eu desisti
As piadas que não lembro mais
Meus vestidos preferidos
As festas que duravam três dias
A energia que hoje não mais possuo
Os passeios de bicicleta
Os nãos que recebia dos meus pais
A carruagem que sei, um dia foi minha
Meus cabelos compridos à cintura
Minhas irmãs brincando de pique-esconde
Minha família unida
Minha coragem nada ponderada
As loucuras que não mais cometo
As fotos que se perderam nas mudanças
Minha mãe de leite
A casa cheia
A briga pelo último danoninho
Minha cama de madeira massissa
Meu primeiro relógio
O tempo que não aproveitei
As flores que não mais recebo
Os presentes do dia das crianças
Meu coração de menina
Minha irracionalidade
Os livros que perdi pelo caminho
As visitas que não fiz
Os amores que não amei
A religião que nunca achei
Minha monografia que perdi
A agenda com todos os telefones
O ócio tranquilo e despreocupado
As perguntas que não tinha respostas
Meu pai sem colesterol alto
Minhas pequenas complexidades
Os cigarros que escondia
A árvore que plantei
O livro que ainda não escrevi
A ingenuidade da falta de culpa
O medo do beliscão da minha mãe
A mesa farta e cheia de todos
Os domingos na casa da minha avó
O time de vôlley
A facilidade de perder peso
A dificuldade de compreender meu corpo
As paixões que duravam três dias
O cachorro-quente no lanche da tarde
O café-da-manhã do meu pai
A maionese de batata frita
A mesada despretenciosa
As noites na casa das amigas
A mãe de algumas amigas que já se foram
O hambúrguer depois da missa
Os cursos de inglês que eu nunca terminei
As calouradas que eu não fui
Meu pai me acordando com um abraço
Os domingos no clube da Cenibra
As festas na casa da tia Ita
A bebida escondida
As equações de matemática
A internet como novidade
O sono tranquilo
Tudo isso não achei por lá
Mas a lua me disse serena: aguarde a próxima viagem
Esse blog é uma tentativa de não usar Prozac. Escrever é uma doença incurável. Mas, com certeza, uma das mais belas doenças.
Pensações
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
O mundo que eu criei pra mim
Guardo meus retratos
E minhas lembranças
No mundo que eu criei pra mim
Acendo a luz
Para apagar a noite
E, assim, enxergo melhor
A vida é muito curta pra aprender alemão
E muito pequena
Pra desaprender os defeitos meus
Às vezes, o sol não nasce para mim
Então, posso me esconder
No muundo que eu criei pra mim
Ligo o som baixinho
Para só eu mesma
E repito juntinho....lá...lá...lá...lá...lá...lá
Os meus livros
Meu Vinicius
Minhas armas de purificação
Protejo meus inimigos
E como frutas que só existem
No mundo que eu criei pra mim
Guerreira
Filha de São Jorge com Oxum
Pecados eu escondo no banheiro
Desenho no ar
A casa onde vou morar
E, assim, diluo minhas mágoas
Espero meus amigos na porta
Pois só eles conseguem adentrar
O mundo que eu criei pra mim
Tenho árvores como amigas
E elas sempre perguntam onde estão suas irmãs
Estão no mundo que eu criei pra mim
Contemplo o horizonte
E procuro onde nascem os arco-íris
Um dia vou achar
Os meus enganos perfeitos
Acerto comigo mesma
Mas a vida é, também, a arte do engano
Imagino quadros
Para pendurar nas paredes
Do mundo que eu mesma criei pra mim
E minhas lembranças
No mundo que eu criei pra mim
Acendo a luz
Para apagar a noite
E, assim, enxergo melhor
A vida é muito curta pra aprender alemão
E muito pequena
Pra desaprender os defeitos meus
Às vezes, o sol não nasce para mim
Então, posso me esconder
No muundo que eu criei pra mim
Ligo o som baixinho
Para só eu mesma
E repito juntinho....lá...lá...lá...lá...lá...lá
Os meus livros
Meu Vinicius
Minhas armas de purificação
Protejo meus inimigos
E como frutas que só existem
No mundo que eu criei pra mim
Guerreira
Filha de São Jorge com Oxum
Pecados eu escondo no banheiro
Desenho no ar
A casa onde vou morar
E, assim, diluo minhas mágoas
Espero meus amigos na porta
Pois só eles conseguem adentrar
O mundo que eu criei pra mim
Tenho árvores como amigas
E elas sempre perguntam onde estão suas irmãs
Estão no mundo que eu criei pra mim
Contemplo o horizonte
E procuro onde nascem os arco-íris
Um dia vou achar
Os meus enganos perfeitos
Acerto comigo mesma
Mas a vida é, também, a arte do engano
Imagino quadros
Para pendurar nas paredes
Do mundo que eu mesma criei pra mim
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